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18/12/2023 - Novos casos de IAAP atingem quase a metade dos países europeus

Os vírus atualmente em circulação pertencem a onze genótipos diferentes, sete deles considerados novos.
De acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), entre 2 de setembro e 1º de dezembro de 2023 – mas sobretudo mais recentemente – foram notificados surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) A(H5) em aves domésticas (88) e selvagens (175) em 23 países da Europa, ou seja, em quase a metade dos 50 países constituintes do continente.

Em comparação a anos anteriores, o aumento do número de casos de IAAP em aves aquáticas ocorreu mais tarde que o normal, possivelmente devido ao início tardio da migração de várias espécies de aves selvagens. Algo que, por sua vez, tem tudo a ver com as mudanças climáticas: o Outono do Hemisfério Norte, em 2023, está sendo bem mais quente que em anos anteriores.

A ocorrência temporã deixou a sensação de que um novo ciclo da doença, se viesse, seria menos grave que o anterior. E isso fez com que todos abrissem a guarda. Erro capital. Pois a infecção vem se alastrando com força maior que a anterior, aumentando os riscos da avicultura constituída.

Conforme a EFSA, os grous-comuns têm sido as espécies mais frequentemente afetadas neste Outono, tendo sido descritos eventos de mortalidade da ave em vários países europeus. A maioria dos surtos de IAAP notificados em aves comerciais foram surtos primários ocorridos após a introdução do vírus por aves selvagens. A única exceção foi registrada na Hungria, onde ocorreram dois registros envolvendo propagação secundária.

Os vírus IAAP identificados na Europa pertencem a onze genótipos diferentes, sete dos quais são considerados novos.

No que diz respeito aos mamíferos, o inquérito serológico realizado em todas as explorações de produção de peles na Finlândia revelou 29 explorações sorologicamente positivas adicionais durante o período de referência.

Os mamíferos selvagens continuam a ser afetados, principalmente nas Américas, onde foi descrita pela primeira vez uma maior disseminação entre aves e mamíferos selvagens na Antártica.

Desde o último relatório e até 1º de dezembro de 2023, três infecções humanas fatais e uma grave por A(H5N1) com vírus do clade 2.3.2.1c foram relatadas pelo Camboja, e uma infecção por A(H9N2) foi relatada pela China.

As infecções humanas por gripe aviária continuam a ser um acontecimento raro. O risco de infecção com os vírus da gripe aviária H5 do clade 2.3.4.4b atualmente em circulação na Europa permanece baixo para a população em geral na União Europeia e no resto do continente.

O risco de infecção permanece baixo a moderado para pessoas expostas (ocupacionalmente ou de outra forma) a aves ou mamíferos infectados, selvagens ou domesticados; esta avaliação abrange diferentes situações que dependem do nível de exposição.

Clique aqui para acessar a íntegra do documento – assinado conjuntamente pela EFSA, pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças e pelo Laboratório de Referência da União Europeia para a Influenza Aviária – com uma visão geral da doença no período setembro/dezembro de 2023.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV

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