11/10/2023 - Terceiro foco de gripe aviária em mamíferos marinhos no RS é confirmado em Torres
Não há registro do vírus entre humanos. Estado alerta para a importância de não se aproximar nem interagir com animais nas praias.
O governo do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quarta-feira (11), o terceiro foco de gripe aviária em mamíferos marinhos no estado. Um leão-marinho encontrado morto na Praia Real, em Torres, na semana passada, teve resultado positivo para o vírus H5N1. Não há registros da doença em humanos.
Os outros focos identificados anteriormente foram na Praia do Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar, e na Praia do Cassino, em Rio Grande.
Mesmo com a confirmação, a condição sanitária do estado e do país não se altera, não havendo risco para o consumo de alimentos, explica o governo.
O diretor-adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Francisco Lopes, alerta para os moradores e visitantes do Litoral gaúcho que evitem a aproximação com os mamíferos marinhos.
“É fundamental que as pessoas não se aproximem, não alimentem e nem toquem animais encontrados na praia. Além disso, é aconselhável evitar levar animais domésticos ou não deixar que eles se aproximem de mamíferos ou aves suspeitos, a fim de evitar o contágio pelo vírus”, reforça.
O estado já registra 146 animais mortos ou doentes, em São José do Norte, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Palmares do Sul, Balneário Pinhal, Torres, Tavares, Mostardas, Imbé e Pelotas.
O governo explica que, conforme orientação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), não haverá mais coletas em leões e lobos-marinhos. Caso uma nova espécie apresente sintomas da gripe, haverá testagem.
Em caso de suspeitas de sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita de animais, é necessário informar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima, ou pelo número de WhatsApp (51) 98445-2033.
Casos da doença em animais marinhos já foram reportados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai.
O que é e onde surgiu a H5N1?
O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves.
Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave).
O H5N1 faz parte do segundo grupo: isso significa que ele é disseminado rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais.
A Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China.
No ano seguinte, ocorreu o primeiro registro da doença em humanos, em Hong Kong, segundo um documento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Fonte: G1
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